REGIÃO DO MATO GRANDE
Uma coisa é certa: todo mundo escreve “Extremoz” com “x”, configurando um erro grave quando se trata da cidade norte-riograndense, vizinha a capital do Rio Grande do Norte. Na verdade, o nome da cidade deveria ser com “s”, de Estremoz, cidade em Portugal, na freguesia de Santa Maria, Distrito de Évora.
Estremoz está localizada a 23 km de Natal, onde vive cerca de 20 mil pessoas. A economia está voltada para o turismo, incrementada pelas belezas das praias de Pitangui, Barra do Rio, Jenipabú, Redinha Nova, Santa Rita e Grassandú. A Lagoa de Estremoz oferece água de qualidade e é adequada para a prática de esportes náuticos.
O nome foi dado por causa de uma antiga Lei portuguesa que obrigava aos colonizadores e donatários das Capitanias Hereditárias colocarem o nome das novas terras em homenagem aos lugares em Portugal. Junto com os colonizadores portugueses, chegaram os padres jesuítas quem primeiro fez contato com os índios potiguares.
De acordo com o mestre Câmara Cascudo, o lugar era conhecido pelos os índios Tupis e Paiacus como Guajirú, de gua-iari, o que tem cachos ou frutos em penca, ajuru, ariu, aberu, guajuru, fruta rústica e vulgar, que hoje não existe mais. Os jesuítas colocaram o nome de “São Miguel do Guajirú”, antes de serem expulsos pelos holandeses.
A presença da missão jesuíta na localidade de Guajirú ocorreu no período de 1603 a 1758. A terra foi concedida pelo governo português, através do capitão-mor Jerônimo de Albuquerque, que através dos padres, educaram os índios Tupis, Potiguares e Paiacus.
Estremoz está localizada a 23 km de Natal, onde vive cerca de 20 mil pessoas. A economia está voltada para o turismo, incrementada pelas belezas das praias de Pitangui, Barra do Rio, Jenipabú, Redinha Nova, Santa Rita e Grassandú. A Lagoa de Estremoz oferece água de qualidade e é adequada para a prática de esportes náuticos.
O nome foi dado por causa de uma antiga Lei portuguesa que obrigava aos colonizadores e donatários das Capitanias Hereditárias colocarem o nome das novas terras em homenagem aos lugares em Portugal. Junto com os colonizadores portugueses, chegaram os padres jesuítas quem primeiro fez contato com os índios potiguares.
De acordo com o mestre Câmara Cascudo, o lugar era conhecido pelos os índios Tupis e Paiacus como Guajirú, de gua-iari, o que tem cachos ou frutos em penca, ajuru, ariu, aberu, guajuru, fruta rústica e vulgar, que hoje não existe mais. Os jesuítas colocaram o nome de “São Miguel do Guajirú”, antes de serem expulsos pelos holandeses.
A presença da missão jesuíta na localidade de Guajirú ocorreu no período de 1603 a 1758. A terra foi concedida pelo governo português, através do capitão-mor Jerônimo de Albuquerque, que através dos padres, educaram os índios Tupis, Potiguares e Paiacus.
A matança dos índios e a expulsão dos jesuítas
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Em 1689, os colonizadores portugueses promoveram uma matança de índios e o famoso bandeirante Domingos Jorge Velho esteve presente e ordenou o sacrifício de 2.063 “selvagens”. Os jesuítas protestaram e começou o processo de sua expulsão.
Em 1758, o desembargador Bernardo Coelho fundava no lugar a nova Vila de Estremoz, a primeira vila do Rio Grande do Norte. Os holandeses, quando invadiram e ocuparam o Rio Grande do Norte, visitavam com freqüência a área, e até pensaram em dividir a lagoa de Tijuru (primeiro nome da Lagoa de Estremoz).
A lagoa também guarda suas lendas e crendices populares como a lenda da “Serpente Adormecida” e a do “Canto do Sino”. As ruínas da antiga Vila de Alentejo, nome dado à Vila Antiga de Estremoz, representa um marco na história do Estado. Na culinária, o destaque é o famoso “grude de Estremoz”, conhecida comida típica dos índios que virou tradição na cidade.
Em 1855, a sede da vila foi transferida para o povoado de Boca da Mata, tornando-se Vila de Ceará Mirim. Estremoz permaneceu sendo povoado por mais de 100, quando desmembrou-se de Ceará Mirim para se tornar um município. Até hoje, a cidade continua com ares de cidadezinha do interior potiguar.
Em 1758, o desembargador Bernardo Coelho fundava no lugar a nova Vila de Estremoz, a primeira vila do Rio Grande do Norte. Os holandeses, quando invadiram e ocuparam o Rio Grande do Norte, visitavam com freqüência a área, e até pensaram em dividir a lagoa de Tijuru (primeiro nome da Lagoa de Estremoz).
A lagoa também guarda suas lendas e crendices populares como a lenda da “Serpente Adormecida” e a do “Canto do Sino”. As ruínas da antiga Vila de Alentejo, nome dado à Vila Antiga de Estremoz, representa um marco na história do Estado. Na culinária, o destaque é o famoso “grude de Estremoz”, conhecida comida típica dos índios que virou tradição na cidade.
Em 1855, a sede da vila foi transferida para o povoado de Boca da Mata, tornando-se Vila de Ceará Mirim. Estremoz permaneceu sendo povoado por mais de 100, quando desmembrou-se de Ceará Mirim para se tornar um município. Até hoje, a cidade continua com ares de cidadezinha do interior potiguar.
Ruínas da igreja jesuíta,
um marco dos dias de glória de Estremoz
um marco dos dias de glória de Estremoz
A antiga igreja jesuíta foi completamente destruída. Só restou as ruínas, que continuam sem ter o devido tratamento pelo Poder Público.
Qualquer pessoa que tenha compromisso com a história vai lamentar o descaso e o abandono que foi relegada, pelo Poder Público e pela Igreja, as ruínas da antiga igreja jesuíta de Estremoz, uma das mais importantes obras da arquitetura colonial no Rio Grande do Norte.
Entre os primeiros jesuítas enviados para a “Missão” estava o padre Gaspar de Sampéres, arquiteto que projetou o forte dos Reis Magos e a igreja de São Miguel do Guajiru. Atualmente, somente as ruínas são testemunhas da grande importância que a catequese jesuíta teve, com as suas missões, para o período de colonização portuguesa brasileira, especialmente em Estremoz, na capitania do Rio Grande do Norte.
Na sua imponência, a igreja jesuíta podia ser considerada como a mais bela igreja colonial do Estado. Segundo o historiador da cultura potiguar, Câmara Cascudo, que passou 10 dias visitando as ruínas, as paredes tinham 80 centímetros, resistiam como muralhas estendendo-se em 30 metros de comprimento, 20 metros a nave, quatro metros a capela-mor e seis metros a sacristia.
A arquitetura da Igreja obedecia a um estilo barroco que se convencionou chamar de jesuítico. Tinha altura de 16 metros e largura de 13 metros e meio. As paredes não tinham alicerces. Mergulhavam 1,80 metro pela terra abaixo, e se alinhavam, diretas e soberbas, como vindo das profundezas. Os blocos de pedras, com sinais de ostra indicavam que tinham vindo do litoral.
“Toda a igreja era um primor de pedras trabalhadas, obras de canteiros portugueses, pedra-lioz, granulação fina, cinzenta, clara e branca. Ombreiras, limiar, arcos, revestimentos, tudo provinha de Lisboa, pronto, medido, previsto, calculado”, relata Cascudo. A cruz que presidia a crimalha do frontão é o atual cruzeiro. As três portas da velha igreja, especialmente a principal, eram de pau d'arco e as janelas, adaptadas, são hoje as portas da igreja nova.
Entre os primeiros jesuítas enviados para a “Missão” estava o padre Gaspar de Sampéres, arquiteto que projetou o forte dos Reis Magos e a igreja de São Miguel do Guajiru. Atualmente, somente as ruínas são testemunhas da grande importância que a catequese jesuíta teve, com as suas missões, para o período de colonização portuguesa brasileira, especialmente em Estremoz, na capitania do Rio Grande do Norte.
Na sua imponência, a igreja jesuíta podia ser considerada como a mais bela igreja colonial do Estado. Segundo o historiador da cultura potiguar, Câmara Cascudo, que passou 10 dias visitando as ruínas, as paredes tinham 80 centímetros, resistiam como muralhas estendendo-se em 30 metros de comprimento, 20 metros a nave, quatro metros a capela-mor e seis metros a sacristia.
A arquitetura da Igreja obedecia a um estilo barroco que se convencionou chamar de jesuítico. Tinha altura de 16 metros e largura de 13 metros e meio. As paredes não tinham alicerces. Mergulhavam 1,80 metro pela terra abaixo, e se alinhavam, diretas e soberbas, como vindo das profundezas. Os blocos de pedras, com sinais de ostra indicavam que tinham vindo do litoral.
“Toda a igreja era um primor de pedras trabalhadas, obras de canteiros portugueses, pedra-lioz, granulação fina, cinzenta, clara e branca. Ombreiras, limiar, arcos, revestimentos, tudo provinha de Lisboa, pronto, medido, previsto, calculado”, relata Cascudo. A cruz que presidia a crimalha do frontão é o atual cruzeiro. As três portas da velha igreja, especialmente a principal, eram de pau d'arco e as janelas, adaptadas, são hoje as portas da igreja nova.
A Lagoa de Estremoz
Com suas lendas e histórias, a lagoa tem um grande potencial a ser explorado e isso poderá acontecer, nos próximos anos, quando ficar constatado que há outras opções, além do turismo de sol e mar.
Atualmente, quem desfruta da lagoa são centenas de famílias, proprietárias de granjas ao seu redor, com belas e confortáveis casas que, no futuro, poderiam ser aproveitadas para receber o turista.
O manancial da lagoa de Estremoz é imenso e é responsável pelo abastecimento d'água de toda a Zona Norte de Natal. A água, de boa qualidade, foi o fator principal para a instalação de uma fábrica de cerveja no Estado.
Atualmente, quem desfruta da lagoa são centenas de famílias, proprietárias de granjas ao seu redor, com belas e confortáveis casas que, no futuro, poderiam ser aproveitadas para receber o turista.
O manancial da lagoa de Estremoz é imenso e é responsável pelo abastecimento d'água de toda a Zona Norte de Natal. A água, de boa qualidade, foi o fator principal para a instalação de uma fábrica de cerveja no Estado.
5 comentários:
Sou de Estremoz mas em Portugal, Foi com muito prazer que aprendi um pouco de história sobre Estremoz no Brasil, felizmente quando visitei Natal em 2003 e ao me aperceber da existência de uma cidade com o nome de Extremoz me desloquei lá a para fazer uma visita e reparar se havia semelhanças. Constatei que no seu post faz um reparo a Estremoz se escrever com (s) e não com (x) como se escreve na Estremoz de Portugal, sei que em tempos também por aqui se escrevia com um (x) mais tarde passou a escrever se com um (s) ainda existia em tempos uma placa de indicação de direcções de estradas numa localidade vizinha onde Estremoz contava escrito com (x). Será por esse o motivo que se escreve com (x) ai no Brasil pelo facto de anteriormente também se escrever com (x) em Portugal?
Foi um prazer aqui lhe deixo um abraço e felicita-lo pelo seu blogue
Luís
Estremoz
Portugal
sou de uma aldeia a 5km de Estremoz alentejo e fiquei surpreendido com o seu blog , gostei continue.
Prezado Amigo, Alex.
Tudo bom. Gostei do seu material sobre Extremoz. Estou fazendo uma pesquisa sobre o municipio e já encontrei muitas coisas. Gostaria de manter contato com vossa senhoria.
Domingos Sávio
Prefeitura de Extremoz
olá me chamo américo, sou aluno do curso de história pela UERN, moro em pitangui e pretendo fazer meu trabalho de conclusão do curso sobre a história de estremoz, porém me falta material para pesquisa. gostaria de saber com faço para obter material sobre a historia da cidade. desde ja obrigado e parabens pelo trabalho. (americodja@hotmai.com)
Olá moro em Genipabu, adorei seu blog, gostaria de saber se você disponibiliza esse material sobre a cidade de Estremoz?
Obrigada.
Parabéns pelo seu trabalho!
(izabella_nascimento@yahoo.com.br)
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